sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

"SEDES" Toma posição sobre a situação económica, social e política do país.


A "SEDES", tomou posição sobre a gravidade da situação geral que o país atravessa. Passamos na íntegra tal tomada de posição com indicação do site.
TOMADA DE POSIÇÃO - FEVEREIRO 2008



1) UM DIFUSO MAL ESTAR
Sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional.
Nem todas as causas desse sentimento são exclusivamente portuguesas, na medida em que reflectem tendências culturais do espaço civilizacional em que nos inserimos. Mas uma boa parte são questões internas à nossa sociedade e às nossas circunstâncias. Não podemos, por isso, ceder à resignação sem recusarmos a liberdade com que assumimos a responsabilidade pelo nosso destino.
Assumindo o dever cívico decorrente de uma ética da responsabilidade, a SEDES entende ser oportuno chamar a atenção para os sinais de degradação da qualidade da vida cívica que, não constituindo um fenómeno inteiramente novo, estão por detrás do referido mal estar.
2) DEGRADAÇÃO DA CONFIANÇA NO SISTEMA POLÍTICO
Ao nível político, tem-se acentuado a degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários, praticamente generalizada a todo o espectro político.
É uma situação preocupante para quem acredita que a democracia representativa é o regime que melhor assegura o bem comum de sociedades desenvolvidas. O seu eventual fracasso, com o estreitamento do papel da mediação partidária, criará um vácuo propício ao acirrar das emoções mais primárias em detrimento da razão e à consequente emergência de derivas populistas, caciquistas, personalistas, etc.
Importa, por isso, perseverar na defesa da democracia representativa e das suas instituições. E desde logo, dos partidos políticos, pilares do eficaz funcionamento de uma democracia representativa. Mas há três condições para que estes possam cumprir adequadamente o seu papel.
Têm, por um lado, de ser capazes de mobilizar os talentos da sociedade para uma elite de serviço; por outro lado, a sua presença não pode ser dominadora a ponto de asfixiar a sociedade e o Estado, coarctando a necessária e vivificante diversidade e o dinamismo criativo; finalmente, não devem ser um objectivo em si mesmos...
É por isso preocupante ver o afunilamento da qualidade dos partidos, seja pela dificuldade em atrair e reter os cidadãos mais qualificados, seja por critérios de selecção, cada vez mais favoráveis à gestão de interesses do que à promoção da qualidade cívica. E é também preocupante assistir à tentacular expansão da influência partidária – quer na ocupação do Estado, quer na articulação com interesses da economia privada – muito para além do que deve ser o seu espaço natural.
Estas tendências são factores de empobrecimento do regime político e da qualidade da vida cívica. O que, em última instância, não deixará de se reflectir na qualidade de vida dos portugueses.
3) VALORES, JUSTIÇA E COMUNICAÇÃO SOCIAL
Outro factor de degradação da qualidade da vida política é o resultado da combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma justiça ineficaz. E a sensação de que a justiça também funciona por vezes subordinada a agendas políticas.
Com ou sem intencionalidade, essa combinação alimenta um estado de suspeição generalizada sobre a classe política, sem contudo conduzir a quaisquer condenações relevantes. É o pior dos mundos: sendo fácil e impune lançar suspeitas infundadas, muitas pessoas sérias e competentes afastam-se da política, empobrecendo-a; a banalização da suspeita e a incapacidade de condenar os culpados (e ilibar inocentes) favorece os mal-intencionados, diluídos na confusão. Resulta a desacreditação do sistema político e a adversa e perversa selecção dos seus agentes.
Nalguma comunicação social prolifera um jornalismo de insinuação, onde prima o sensacionalismo. Misturando-se verdades e suspeitas, coisas importantes e minudências, destroem-se impunemente reputações laboriosamente construídas, ao mesmo tempo que, banalizando o mal, se favorecem as pessoas sem escrúpulos.
Por seu lado, o Estado tem uma presença asfixiante sobre toda a sociedade, a ponto de não ser exagero considerar que é cada vez mais estreito o espaço deixado verdadeiramente livre para a iniciativa privada. Além disso, demite-se muitas vezes do seu dever de isenta regulação, para desenvolver duvidosas articulações com interesses privados, que deixam em muitos um perigoso rasto de desconfiança.
Num ambiente de relativismo moral, é frequentemente promovida a confusão entre o que a lei não proíbe explicitamente e o que é eticamente aceitável, tentando tornar a lei no único regulador aceitável dos comportamentos sociais. Esquece-se, deliberadamente, que uma tal acepção enredaria a sociedade numa burocratizante teia legislativa e num palco de permanente litigância judicial, que acabaria por coarctar seriamente a sua funcionalidade. Não será, pois, por acaso que é precisamente na penumbra do que a lei não prevê explicitamente que proliferam comportamentos contrários ao interesse da sociedade e ao bem comum. E que é justamente nessa penumbra sem valores que medra a corrupção, um cancro que corrói a sociedade e que a justiça não alcança.
4) CRIMINALIDADE, INSEGURANÇA E EXAGEROS
A criminalidade violenta progride e cresce o sentimento de insegurança entre os cidadãos. Se é certo que Portugal ainda é um país relativamente seguro, apesar da facilidade de circulação no espaço europeu facilitar a importação da criminalidade organizada. Mas a crescente ousadia dos criminosos transmite o sentimento de que a impune experimentação vai consolidando saber e experiência na escala da violência.
Ora, para além de alguns fogachos mediáticos, não se vê uma acção consistente, da prevenção, da investigação e da justiça, para transmitir a desejada tranquilidade.
Mas enquanto subsiste uma cultura predominantemente laxista no cumprimento da lei, em áreas menos relevantes para as necessidades do bom funcionamento da sociedade emerge, por vezes, uma espécie de fundamentalismo utra-zeloso, sem sentido de proporcionalidade ou bom-senso.
Para se ter uma noção objectiva da desproporção entre os riscos que a sociedade enfrenta e o empenho do Estado para os enfrentar, calculem-se as vítimas da última década originadas por problemas relacionados com bolas de Berlim, colheres de pau, ou similares e os decorrentes da criminalidade violenta ou da circulação rodoviária e confronte-se com o zelo que o Estado visivelmente lhes dedicou.
E nesta matéria a responsabilidade pelo desproporcionado zelo utilizado recai, antes de mais, nos legisladores portugueses que transcrevem para o direito português, mecânica e por vezes levianamente, as directivas de Bruxelas.
5) APELO DA SEDES
O mal-estar e a degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento. E se essa espiral descendente continuar, emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever.
A sociedade civil pode e deve participar no desbloqueamento da eficácia do regime – para o que será necessário que este se lhe abra mais do que tem feito até aqui –, mas ele só pode partir dos seus dois pólos de poder: os partidos, com a sua emanação fundamental que é o Parlamento, e o Presidente da República.
As últimas eleições para a Câmara de Lisboa mostraram a existência de uma significativa dissociação entre os eleitores e os partidos. E uma sondagem recente deu conta de que os políticos – grupo a que se associa quase por metonímia “os partidos” – são a classe em que os portugueses menos confiam.
Este estado de coisas deve preocupar todos aqueles que se empenham verdadeiramente na coisa pública e que não podem continuar indiferentes perante a crescente dissociação entre o conceito de “res pública” e o de intervenção política!
A regeneração é necessária e tem de começar nos próprios partidos políticos, fulcro de um regime democrático representativo. Abrir-se à sociedade, promover princípios éticos de decência na vida política e na sociedade em geral, desenvolver processos de selecção que permitam atrair competências e afastar oportunismos, são parte essencial da necessária regeneração.
Os partidos estão na base da formação das políticas públicas que determinam a organização da sociedade portuguesa. Na Assembleia ou no Governo exercem um mandato ratificado pelos cidadãos, e têm a obrigação de prestar contas de forma permanente sobre o modo como o exercem.
Em geral o Estado, a esfera formal onde se forma a decisão e se gerem os negócios do país, tem de abrir urgentemente canais para escutar a sociedade civil e os cidadãos em geral. Deve fazê-lo de forma clara, transparente e, sobretudo, escrutinável. Os portugueses têm de poder entender as razões que presidem à formação das políticas públicas que lhes dizem respeito.
A SEDES está naturalmente disponível para alimentar esses canais e frequentar as esferas de reflexão e diálogo que forem efectiva e produtivamente activadas.
Sedes, 21 de Fevereiro de 2008
O Conselho Coordenador
(Vitor Bento (Presidente), M. Alves Monteiro, Luís Barata, L. Campos e Cunha, J. Ferreira do Amaral, Henrique Neto, F. Ribeiro Mendes, Paulo Sande, Amílcar Theias)

http://www.sedes.pt

domingo, 17 de fevereiro de 2008

PORTUGUESES RECLAMAM O DIREITO À DEMOCRACIA!



Portugal reclama o direito à democracia conquistado em 25 de Abril de 1974. A existência de um Estado de Direito Democrático, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa, não se coaduna com um Estado que protege os mais poderosos em prejuízo do seu povo. Um Estado que promove o desemprego e permite que os mais ricos aumentem sem justa causa as suas fortunas, não é de certeza um Estado Democrático. Um Estado que paga pensões de 200,00 Euros aos mais necessitados, não é um Estado Democrático. Um Estado que fixa o salário mínimo em 426,00 Euros, não é um Estado Democrático. Um Estado que paga pensões milionárias a pessoas riquíssimas, não é um Estado Democrático. Um Estado que encerra hospitais, maternidades e escolas, prejudicando o seu povo, não é de certeza um Estado Democrático. Um Estado que permite os maus tratos de pessoas, deixando os criminosos impunes, não é, de certeza, um Estado Democrático. Um Estado que perde milhões com grandes grupos económicos privados, salvaguardando interesses privados dos titulares dos poderes públicos, não é um Estado Democrático.Um Estado que promove a corrupção a todos os níveis, não é um Estado Democrático.

PORTUGAL é um ESTADO onde o poder dos corruptos assume a MARCA DE ESTADO.
PORTUGAL é um país com 500.000 desempregados e 2.000.000 de pobres.
PORTUGAL é um Estado que apoia a GUERRA e participa nela, sendo cúmplice dos mais hediondos crimes de guerra da nossa era.
PORTUGAL não é um país democrático!

IRAQUE-GUERRA NUCLEAR APOIADA POR PORTUGAL


duiraque_72dpi.jpg


Contra a utilização de urânio em armas e munições

Apelo do Tribunal-Iraque para pressionar o governo português por email, até 4 de Dezembro

Sexta-feira, 30 Novembro, 2007 O Tribunal-Iraque acaba de divulgar um apelo para que os cidadãos portugueses pressionem o governo (por emails depositados no portal do governo) para que mude o sentido do voto de Portugal de “abstenção” para “a favor” na votação final de uma resolução das Nações Unidas relativa ao banimento das armas e munições com urânio empobrecido. Dizendo que “a guerra nuclear já começou”, o apelo do TMI-AP exorta a população a “agir contra a utilização de urânio em armas e munições”. Transcrevemos na íntegra o texto do apelo.

A guerra nuclear já começou
Há que agir contra a utilização de urânio em armas e munições


Depois de, na noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro, ter vencido uma primeira votação por 122 votos contra 6, e 35 abstenções, na Primeira Comissão da ONU, vai ter lugar em 5 de Dezembro uma segunda votação de confirmação de uma Resolução que apela aos Estados-membros para que re-examinem os problemas de saúde provocados pelas armas com urânio.

Apresentada pela Indonésia em nome do Movimento dos Não-Alinhados, a Resolução intitulada “Efeitos do uso de armamentos e munições com urânio empobrecido” pede a todos os Estados e organismos internacionais que submetam um relatório sobre o urânio empobrecido à próxima Assembleia-Geral das Nações Unidas.

O próximo voto, de confirmação, em 5 de Dezembro é portanto crucial para que isso seja conseguido.
Na primeira votação, e apesar de ter já havido nos últimos anos 4 moções aprovadas pelo Parlamento Europeu recomendando a interdição de tais armas e munições, a representação portuguesa absteve-se numa atitude de complacência para com os 6 países que votaram contra: EUA, Reino Unido, Israel, França, República Checa e Holanda.

O Agrupamento Internacional pelo Banimento das Armas de Urânio (ICBUW), que liderou a campanha que deu origem a esta Resolução, apela aos cidadãos dos países que votaram contra ou se abstiveram para que pressionem os seus governos durante os dias que faltam até 5 de Dezembro, no sentido de propiciar mudanças no sentido dos votos não favoráveis.

duiraque2_72-dpi.jpgO TMI-AP (Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque) denunciou, na Acusação formulada em 2005, e tem continuado a denunciar, no seu website e em todas as suas actividades públicas, os efeitos terríveis das armas e munições com urânio empobrecido sobre as populações civis e militares, nomeadamente na ex-Jugoslávia e no Iraque. Em particular no sul do Iraque, os EUA e o Reino Unido despejaram mais de 3 mil toneladas de urânio empobrecido, que equivalem, em atomicidade radioactiva, a mais de 260 mil bombas de Nagasáki. Essa radioactividade, que persistirá ao longo de milhares de milhões de anos, é a causa de uma catástrofe humana e ambiental, com contaminação generalizada de solos e águas e uma subida em flecha dos casos de cancro e de malformações congénitas . Além disso, não se trata de um problema apenas regional: uma grande parte das partículas radioactivas espalhadas na atmosfera deslocam-se para muito longe das zonas directamente afectadas.

Seria inadmissível para nós, portugueses, que o governo, conhecedor destes factos, voltasse a abster-se (em nosso nome) na próxima votação.

Pede-se aos cidadãos portugueses que – sem demora – enviem mensagens electrónicas ao primeiro-ministro e ao ministro dos Negócios Estrangeiros instando-os a votarem a favor da Resolução “Efeitos do uso de armamentos e munições com urânio empobrecido” em 5 de Dezembro, na Primeira Comissão das Nações Unidas.

Para o efeito, utilizar o contacto directo do governo em http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT (link à esquerda “contacte o Governo”), fazendo a operação para cada um dos destinatários.

Obrigado pela vossa solidariedade.
A Comissão Organizadora do TMI-AP.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

ESTADO PORTUGUÊS VIOLA DIREITOS DOS DOENTES! SAIBA QUAIS SÃO OS SEUS DIREITOS!


DIREITOS E DEVERES DO UTENTE
INTRODUÇÃO
O direito à protecção da saúde está consagrado na Constituição da República Portuguesa, e assenta num conjunto de valores fundamentais como a dignidade humana, a equidade, a ética e a solidariedade.
No quadro legislativo da Saúde são estabelecidos direitos mais específicos, nomeadamente na Lei de Bases da Saúde (Lei 48/90, de 24 de Agosto) e no Estatuto Hospitalar (Decreto-Lei n.º 48 357, de 27 de Abril de 1968).
São estes os princípios orientadores que servem de base à Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes.
O conhecimento dos direitos e deveres dos doentes, também extensivos a todos os utilizadores do sistema de saúde, potencia a sua capacidade de intervenção activa na melhoria progressiva dos cuidados e serviços.
Evolui-se no sentido de o doente ser ouvido em todo o processo de reforma, em matéria de conteúdo dos cuidados de saúde, qualidade dos serviços e encaminhamento das queixas.
A Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes representa, assim, mais um passo no caminho da dignificação dos doentes, do pleno respeito pela sua particular condição e da humanização dos cuidados de saúde, caminho que os doentes, os profissionais e a comunidade devem percorrer lado a lado.
Assume-se, portanto, como um instrumento de parceria na saúde, e não de confronto, contribuindo para os seguintes objectivos:
  • Consagrar o primado do cidadão, considerando-o como figura central de todo do Sistema de Saúde;
  • Reafirmar os direitos humanos fundamentais na prestação dos cuidados de saúde e, especialmente, proteger a dignidade e integridade humanas, bem como o direito à autodeterminação;
  • Promover a humanização no atendimento a todos os doentes, principalmente aos grupos vulneráveis;
  • Desenvolver um bom relacionamento entre os doentes e os prestadores de cuidados de saúde e, sobretudo, estimular uma participação mais activa por parte do doente;
  • Proporcionar e reforçar novas oportunidades de diálogo entre organizações de doentes, prestadores de cuidados de saúde e administrações das instituições de saúde.
Com a versão que agora se apresenta aos doentes e suas organizações, aos profissionais e entidades com responsabilidades na gestão da saúde e ao cidadão em geral, procura-se fomentar a prática dos direitos e deveres dos doentes.
Visa-se, por outro lado, recolher opiniões e sugestões para um gradual ajustamento das disposições legais aos princípios que vierem a ser considerados necessários para garantir o cumprimento responsável e cívico destes direitos e deveres.
Com vista ao seu aperfeiçoamento, não deixe de enviar os comentários e as sugestões de alteração que julgue convenientes para:




Direcção Geral da Saúde

Alameda D. Afonso Henriques, 45
1056 Lisboa Codex



O doente tem direito a ser tratado no respeito pela dignidade humana.
É um direito humano fundamental, que adquire particular importância em situação de doença. Deve ser respeitado por todos os profissionais de saúde envolvidos no processo de prestação de cuidados, no que se refere quer aos aspectos técnicos, quer ais actos de acolhimento, orientação, encaminhamento dos doentes.
É também indispensável que o doente seja informado sobre a identidade e a profissão de todo o pessoal que participa no seu tratamento.
Este direito abrange ainda as condições das instalações e equipamentos, que têm de proporcionar o conforto e o bem-estar exigidos pela situação de vulnerabilidade em que o doente se encontra.
O doente tem direito ao respeito pelas suas convicções culturais, filosóficas e religiosas.
Cada doente é uma pessoa com as suas convicções culturais e religiosas. As instituições e os prestadores de cuidados de saúde têm, assim, de respeitar esses valores e providenciar a sua satisfação.
O apoio de familiares e amigos deve ser facilitado e incentivado.
Do mesmo modo, deve ser proporcionado o apoio espiritual requerido pelo doente ou, se necessário, por quem legitimamente o represente, de acordo com as suas convicções.
O doente tem direito a receber os cuidados apropriados ao seu estado de saúde, no âmbito dos cuidados preventivos, curativos, de reabilitação e terminais.
Os serviços de saúde devem estar acessíveis a todos os cidadãos, por forma a prestar, em tempo útil, os cuidados técnicos e científicos que assegurem a melhoria da condição do doente e seu restabelecimento, assim como o acompanhamento digno e humano em situações terminais.
Em nenhuma circunstância os doentes podem ser objecto de discriminação.Os recursos existentes são integralmente postos ao serviço do doente e da comunidade, até ao limite das disponibilidades.
O doente tem direito à prestação de cuidados continuados.
Em situação de doença, todos os cidadãos têm o direito de obter dos diversos níveis de prestação de cuidados (hospitais e centros de saúde) uma resposta pronta e eficiente, que lhes proporcione o necessário acompanhamento até ao seu completo restabelecimento.
Para isso, hospitais e centros de saúde têm de coordenar-se, de forma a não haver quaisquer quebras na prestação de cuidados que possam ocasionar danos ao doente.
O doente e seus familiares têm direito a ser informados das razões da transferência de um nível de cuidados para outro e a ser esclarecidos de que a continuidade da sua prestação fica garantida.
Ao doente e sua família são proporcionados os conhecimentos e as informações que se mostrem essenciais aos cuidados que o doente deve continuar a receber no seu domicílio. Quando necessário, deverão ser postos à sua disposição cuidados domiciliários ou comunitários.
O doente tem direito a ser informado acerca dos serviços de saúde existentes, suas competências e níveis de cuidados.
Ao cidadão tem que ser fornecida informação acerca dos serviços de saúde locais, regionais e nacionais existentes, suas competências e níveis de cuidados, regras de organização e funcionamento, de modo a optimizar e a tornar mais cómoda a sua utilização.
Os serviços prestadores dos diversos níveis de cuidados devem providenciar no sentido de o doente ser sempre acompanhado dos elementos de diagnóstico e terapêutica considerados importantes para a continuação do tratamento. Assim, evitam-se novos exames e tratamentos, penosos para o doente e dispendiosos para a comunidade.
O doente tem direito a ser informado sobre a sua situação de saúde.
Esta informação deve ser prestada de forma clara, devendo ter sempre em conta a personalidade, o grau de instrução e as condições clínicas e psíquicas do doente.
Especificamente, a informação deve conter elementos relativos ao diagnóstico (tipo de doença), ao prognóstico (evolução da doença), tratamentos a efectuar, possíveis riscos e eventuais tratamentos alternativos.
O doente pode desejar não ser informado do seu estado de saúde, devendo indicar, caso o entenda, quem deve receber a informação em seu lugar.
O doente tem o direito de obter uma segunda opinião sobre a sua situação de saúde.
Este direito, que se traduz na obtenção de parecer de um outro médico, permite ao doente complementar a informação sobre o seu estado de saúde, dando-lhe a possibilidade de decidir, de forma mais esclarecida, acerca do tratamento a prosseguir.
O doente tem direito a dar ou recusar o seu consentimento, antes de qualquer acto médico ou participação em investigação ou ensino clínico.
O consentimento do doente é imprescindível para a realização de qualquer acto médico, após ter sido correctamente informado.
O doente pode, exceptuando alguns casos particulares, decidir, de forma livre e esclarecida, se aceita ou recusa um tratamento ou uma intervenção, bem como alterar a sua decisão.
Pretende-se assim assegurar e estimular o direito à autodeterminação, ou seja, a capacidade e a autonomia que os doentes têm de decidir sobre si próprios.
O consentimento pode ser presumido em situações de emergência e, em caso de incapacidade, deve este direito ser exercido pelo representante legal do doente.
O doente tem direito à confidencialidade de toda a informação clínica e elementos identificativos que lhe respeitam.
Todas as informações referentes ao estado de saúde do doente - situação clínica, diagnóstico, prognóstico, tratamento e dados de carácter pessoal - são confidenciais. Contudo, se o doente der o seu consentimento e não houver prejuízos para terceiros, ou se a lei o determinar, podem estas informações ser utilizadas.
Este direito implica a obrigatoriedade do segredo profissional, a respeitar por todo o pessoal que desenvolve a sua actividade nos serviços de saúde.
O doente tem direito de acesso aos dados registados no seu processo clínico.
A informação clínica e os elementos identificativos de um doente estão contidos no seu processo clínico.
O doente tem o direito de tomar conhecimento dos dados registados no seu processo, devendo essa informação ser fornecida de forma precisa e esclarecedora.
A omissão de alguns desses dados apenas é justificável se a sua revelação for considerada prejudicial para o doente ou se contiverem informação sobre terceiras pessoas.
O doente tem direito à privacidade na prestação de todo e qualquer acto médico.
A prestação de cuidados de saúde efectua-se no respeito rigoroso do direito do doente à privacidade, o que significa que qualquer acto de diagnóstico ou terapêutica só pode ser efectuado na presença dos profissionais indispensáveis à sua execução, salvo se o doente consentir ou pedir a presença de outros elementos.
A vida privada ou familiar do doente não pode ser objecto de intromissão, a não ser que se mostre necessária para o diagnóstico ou tratamento e o doente expresse o seu consentimento.
O doente tem direito por si, ou por quem o represente, a apresentar sugestões e reclamações.
O doente, por si, por quem legitimamente o substitua ou por organizações representativas, pode avaliar a qualidade dos cuidados prestados e apresentar sugestões ou reclamações.
Para esse efeito, existem, nos serviços de saúde, o gabinete do utente e o livro de reclamações.
O doente terá sempre de receber resposta ou informação acerca do seguimento dado às suas sugestões e queixas, em tempo útil.


O doente tem o dever de zelar pelo seu estado de saúde. Isto significa que deve procurar garantir o mais completo restabelecimento e também participar na promoção da própria saúde e da comunidade em que vive.
O doente tem o dever de fornecer aos profissionais de saúde todas as informações necessárias para obtenção de um correcto diagnóstico e adequado tratamento.
O doente tem o dever de respeitar os direitos dos outros doentes.
O doente tem o dever de colaborar com os profissionais de saúde, respeitando as indicações que lhe são recomendadas e, por si, livremente aceites.
O doente tem o dever de respeitar as regras de funcionamento dos serviços de saúde.
O doente tem o dever de utilizar os serviços de saúde de forma apropriada e de colaborar activamente na redução de gastos desnecessários.

Globalização do Capitalismo Selvagem e da Corrupção



Assistimos à globalização do Capitalismo Selvagem, cujo berço é a América, numa escala sem paralelo histórico. As ditaduras permanecem imunes, no entanto, o capitalismo selvagem e a corrupção não têm barreiras geográficas nem ideológicas. Desde as maiores ditaduras mundiais, nomeadamente a China, a India ou a Rússia de Putin, passando pelas ditaduras islâmicas e africanas, todas elas são permeáveis ao capitalismo selvagem e à corrupção.
As máfias afirmam o seu poder, nada será como dantes...

América Selvagem - Pena de Morte - Estado Bárbaro - O Culto da Violência - A adoração das Armas


Imagem contida em pacote enviado à NBC mostra Cho apontando arma para a câmera



O vídeo enviado à rede NBC pelo autor do massacre em um campus da Virgínia na segunda-feira (16), que explicava as razões para matar seus colegas e professores, demonstra que ele buscava a "glória eterna" com o crime, na opinião de especialistas.

As palavras de ódio e quase ininteligíveis do estudante sul-coreano Cho Seung-hui, 23, nos vídeos enviados à rede de TV, acompanhados de fotos de si mesmo exibindo armas em poses ameaçadoras, dão uma idéia geral do que se passava por sua mente ao planejar o pior massacre contra um estabelecimento de ensino na história dos Estados Unidos.

"Este rapaz era um delirante, bastante paranóico. Não posso afirmar que ele ouvia vozes, mas não me surpreenderia se isso acontecesse", afirmou Steve Hinshaw, presidente do departamento de psicologia da Universidade de Berkeley, Califórnia.

Apesar de ser impossível para qualquer especialista diagnosticar a enfermidade mental de Cho apenas analisando seus vídeos e ações, a maioria concordou que o jovem poderia sofrer de um grave quadro de mania de grandeza e possivelmente uma depressão bipolar ou mesmo esquizofrenia.


NBC/reprodução
Imagem contida em pacote enviado à NBC mostra Cho apontando arma para a câmera
"Ele deixou bem claro que estava cansado do desprezo, e a maneira de expressar isso foi em um ato de autodestruição e um inflamado desejo de glória", disse Hinshaw em entrevista por telefone a France Presse.

"É arrepiante colocar dessa maneira, mas há vezes que uma enfermidade mental pode se apoderar de uma pessoa e fazê-la buscar a empatia dos outros através de uma ação que demonstre o que ela está sofrendo", acrescentou.

Cho lançou sua ira contra os "garotos ricos", a "libertinagem" e os "charlatões enganadores", num bilhete que deixou em seu quarto do dormitório do campus.

Acusações similares foram repetidas nas 23 gravações de vídeo e 43 fotografias que ele enviou à NBC. Mas o objeto receptor de sua raiva é uma incógnita, já que o jovem sul-coreano só fala de "vocês".

"Vocês tinham cem bilhões de opções e maneiras que teriam evitado o que aconteceu hoje", assinalou Cho Seung-Hui em um dos vídeos.

"Mas vocês decidiram derramar meu sangue. Vocês me encurralaram e só me deram uma opção. Agora vocês têm suas mãos manchadas de sangue para o resto de suas vidas", afirma em outro trecho.

"Não tinha por que fazer isso. Podia ter ido embora. Eu podia ter fugido. Mas não, não fugirei mais. Não é por mim que faço isso. Faço por meus filhos, por meus irmãos e irmãs (...). Fiz por eles", afirma Cho.

Distorção

A declaração final parece reivindicar que a vida de Cho não tinha sentido e que ele precisava demonstrar o que havia sofrido, explica Hinshaw. "É comum este tipo de comportamento em personalidades niilistas e narcisistas: minha vida não vale a pena, mas vou até as últimas conseqüências para fazer as pessoas saberem o que eu sofri", acrescentou.

No mesmo dia em que as gravações foram divulgadas, a polícia informou que o assassino havia sido denunciado em 2005 por assédio de duas jovens estudantes e enviado a um hospital psiquiátrico, por receio de que cometesse alguma tentativa de suicídio.

"O mais lamentável é que ele tentava ganhar publicidade e conseguiu", enfatizou Mark Horowitz, professor de psiquiatria da Universidade de San Francisco, Califórnia.

Horowitz admitiu que os meios de comunicação têm a responsabilidade de proporcionar toda a informação disponível sobre o dramático caso, mas enfatizou que é importante que a história seja contada de tal maneira que outras pessoas com sintomas similares não acreditem que esta é uma boa maneira de chamar a atenção das pessoas.

A NBC reconheceu que a decisão de divulgar os vídeos e as fotos criou um problema ético e advertiu aos telespectadores que o material poderia afetar pessoas mais sensíveis.

O apresentador Brian Williams admitiu "ter plena consciência de que, de fato, esta noite estamos transmitindo as palavras de um assassino".

Clint Van Zandt, ex-funcionário do FBI, que agora trabalha como analista na NBC, afirmou estar em desacordo com a decisão da emissora de transmitir as palavras de Cho.

"Era isso que ele queria", disse Van Zandt.

Fonte:MIRA OBERMAN
da France Presse, em Chicago

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

TIMOR - ATENTADOS COM LÓGICA DE TOMADA DO PODER



Alguém aproveitou o descontentamento do povo timorense, acreditando que o assassinato dos seus legítimos representantes, permitiria realizar um golpe de estado que seria apoiado mais tarde pelo próprio povo e por algumas forças no terreno.
Apesar dos interesses em jogo, nomeadamente, australianos, americanos e europeus, algo correu mal ao criminoso que liderava a rebelião.
Importa ainda referir que os líderes timorenses se divorciaram há muito do seu povo, nada fazendo para retirá-lo da miséria... Além disso, Timor é um estado sem autoridade, incapaz de prosseguir o seu destino sem as forças estrangeiras...

IRAQUE A FERRO E FOGO!


Ao contrário do que nos fazem crer alguns meios de comunicação pró-americanos, a guerra do Iraque continua sem fim à vista. Todos os dias existem ataques da resistência iraquiana, ataques de grupos extremistas e o massacre do povo iraquiano pelas forças de ocupação. Entretanto, os abutres já tomaram o controle de todos os tipos de negócios. Entretanto, os povos dos países invasores continuam a ser cúmplices do assassinato dos seus filhos em nome do capitalismo selvagem americano.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Ministro do CDS - Casino Estoril Sol - ??Corrupção??


Ex-ministro do CDS Telmo Correia assinou 300 despachos antes de sair O ex-ministro do Turismo do Governo liderado por Santana Lopes, Telmo Correia, assinou 300 despachos na madrugada do dia de tomada de posse do Executivo de José Sócrates. Um desses documentos era o que ditou a não reversão para o Estado do edifício do Casino de Lisboa.Após ter estado mais de dez dias sem marcar presença no Ministério do Turismo, Telmo Correia assinou a correr cerca de 300 despachos na madrugada do dia em que o actual governo foi empossado no Palácio da Ajuda, noticia o Público de hoje. O ex-ministro do Turismo «fez uma verdadeira maratona que quase não lhe deu tempo para se inteirar do que estava a assinar à pressa», escreve o diário. A segunda versão do parecer da Inspecção-Geral de Jogos, que reconhecia a propriedade do edifício do Casino Lisboa à Estoril-Sol, foi um dos documentos assinados por Telmo Correia, avançou ontem o Expresso. O antigo titular da pasta do Turismo comentou ontem à Lusa a manchete do semanário, negando a autoria da decisão. «Não tomei qualquer decisão. Apenas "tomei conhecimento" de um parecer da Inspecção-Geral de Jogos (IGJ)», disse Telmo Correia, que admitiu processar o Expresso. No entanto, o Departamento Central de Investigação e de Acção Penal (DCIAP) vai investigar este caso do Casino de Lisboa, assim como o negócio dos submarinos adquiridos pelo Estado português enquanto Paulo Portas era ministro da Defesa, diz o Público.


Fonte: Portal AEIOU


Comentários: Jornal dos Jornais


Será possível estarmos perante mais um caso de corrupção nas altas esferas do poder?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Durão Barroso, Cumplice de Massacres: Candidato ao Nobel da Paz...


Talvez o "Prémio Nobel da Paz" possa passar a denominar-se "Prémio Nobel da Guerra"!

Durão Barroso, pode ser nomeado para o "Prémio Nobel da Paz"... A notícia, além de absurda, faz-nos lembrar a cumplicidade de Durão Barroso nos massacres do Afeganistão e do Iraque.

Americanos compram pessoas a sequestradores para prenderem como terroristas...


Um dia saber-se-á que o 11 de Setembro foi uma maquinação de Bush e seus lacaios, sustentada pelos líderes de alguns países europeus, entre os quais o então primeiro ministro português Durão Barroso, de forma a legítimar a ocupação do Afeganistão e do Iraque, tendo em mente outras invasões no médio oriente e ásia.


EUA compraram suspeitos de terrorismo que transportaram via Portugal Washington terá comprado, por cinco mil dólares, suspeitos de terrorismo no Afeganistão e Paquistão, que transportou em voos da CIA, através de Portugal, com destino a Guantánamo, aponta o relatório da ONG britânica Reprieve.Pelo menos dois dos suspeitos terão sido sequestrados e vendidos às forças norte-americanas por 5.000 dólares (cerca de 3.380 euros), aponta a organização não governamental (ONG) de advogados britânicos Reprieve.


O actual poder Norte-Americano tornou o mundo refém dos interesses dos poderosos Americanos pertencentes ao circulo do poder económico e político mundial.


Guantanamo é a vergonha do Mundo Civilizado e pretensamente Democrático.


Esta América e esta Europa são cúmplices dos maiores massacres, nos últimos anos revelaram práticas dignas do nazismo.

Bragança - Falha no INEM volta a MATAR!


A família de uma doente oncológica de Bragança vai recorrer aos tribunais depois de a paciente ter acabado por falecer, na segunda-feira, devido a uma paragem cárdio-respiratória, sem que tivesse sido socorrida pela viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do Hospital de Bragança, que se encontrava inoperacional.
De acordo com o «Correio da Manhã», a referida viatura estava inoperacional por falta de médico no Hospital de Bragança, tendo a vítima sido transportada por carro dos bombeiros voluntários locais.
Na sequência da indisposição sentida, cerca das 6:50 da manhã, da passada segunda-feira, os familiares accionaram o 112, por volta das 7, e perante a ausência de resposta, correram a chamar os bombeiros que distam poucos metros da casa.


Fonte: IOL


Comentário Jornal dos Jornais


Continua a série de mortes por negligência grosseira do INEM!

O Presidente do INEM, só tem uma atitude digna a tomar: DEMITIR-SE!

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